Marechal Haftar declara 'jihad e mobilização geral' contra operação militar turca na Líbia


O comandante do Exército Nacional da Líbia, marechal Khalifa Haftar, declarou uma "jihad e mobilização geral" para resistir contra tropas estrangeiras, no momento em que a Turquia planeja operação no país.

Na quinta-feira (2), o parlamento turco aprovou o envio de tropas para ajudar o Governo de Acordo Nacional (GNA), sediado em Tripoli e reconhecido pela ONU.

O GNA está sobre cerco das forças leais a Haftar, baseadas no leste da Líbia, desde abril do ano passado.

"Hoje, estamos declarando a jihad e a mobilização geral. Homens e mulheres, oficiais e civis vão receber armas", disse o marechal em um discurso transmitido pela televisão.


A Líbia está dividida entre dois governos rivais desde 2011, quando o líder Muammar Kadhafi foi deposto e assassinado. Após sua queda, o país passou a ser controlado, ao leste, por Haftar, apoiado por rivais regionais da Turquia - Arábia Saudita, Egito e Emirados Árabes Unidos, e ao oeste, pelo GNA.

A decisão turca de enviar um destacamento militar para a Líbia foi criticada pelo presidente norte-americano, Donald Trump, como uma "interferência estrangeira", e também pela Liga Árabe.

O Governo de Acordo Nacional é uma criação de alguns países europeus sem nenhum apoio interno, a não ser de grupos terroristas vindos da Síria e Turquia e de narcotraficantes.

O Exército Nacional da Líbia, comandado pelo marechal Khalifa Haftar, é a única força capaz de unificar o país e trazer de volta a paz e a prosperidade para o povo árabe líbio, covardemente atacado na guerra de 2011.


Sputnik Brasil com redação