Aécio não morreu e está próximo de alcançar seu objetivo: enterrar a carreira de João Doria. Por José Cássio


A vitória sobre João Doria na escolha do líder do partido na câmara dos deputados, no início de dezembro, é apenas um indício de que Aécio Neves não morreu. Não morreu e está com sangue nos olhos para atrapalhar os planos do governador de São Paulo de disputar a presidência da República pelo PSDB em 2022.

A até então improvável eleição de Celso Sabino (PA) para a liderança deu ânimo ao grupo de Aécio para emplacar o plano A e tirar o gestor da disputa: o mineiro vem trabalhando o nome do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, para 2022.

Aécio conta não apenas com simpatia dos deputados, mas também dos senadores tucanos.

Virou inimigo do gestor, que já declarou ser contra a reeleição, o que está dando margem para o PSDB paulista também articular a candidatura de um tucano para o governo de São Paulo.

A continuar assim, João Doria corre sério risco de encerrar a carreira no final de seu governo.

E quem vai jogar a pá de cal nesta aventura será justamente Aécio Neves, aquele que um dia o gestor tentou expulsar, e não conseguiu, do PSDB.