Queima de arquivo? Por que a polícia ignora tentativa de assassinato de Ronnie Lessa?


O PM reformado Ronnie Lessa

De Flávio Costa no UOL. - O Essencial DCM

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O comerciante Álvaro de Oliveira já esperava o PM dentro do restaurante. Conforme contou à Polícia Civil, viu o amigo chegar e desembarcar do veículo.

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Oliveira não sabia, mas o motociclista era o assaltante paulista Alessandro Carvalho Neves, 24. Ele estacionou a Honda Titan num quiosque próximo e se aproximou correndo de Ronnie Lessa. Sacou um revólver e anunciou o assalto.

“Perdeu, perdeu!”, afirmou Alessandro, de acordo com testemunhas.

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Maxwell, que vinha logo atrás, mandou o assaltante largar a arma e sacou a sua. Alessandro respondeu atirando. Acertou Lessa no pescoço e o bombeiro no braço. Maxwell revidou e acertou um tiro nas costas de Alessandro. Mesmo assim ele conseguiu pegar o relógio de Lessa, que havia caído no chão, correr até a moto e fugir.

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Em sigilo, policiais do Rio afirmaram ao UOL que as circunstâncias do caso são suspeitas e que deveriam levar a uma investigação para averiguar se houve uma tentativa de “queima de arquivo”. A documentação do processo mostra que essa possibilidade não foi levada em conta pela Polícia Civil e pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro).

“O duplo latrocínio em exame não ultrapassou a esfera da tentativa. Inegável que o réu efetuou o disparo de arma de fogo contra as vítimas Ronnie e Maxwell com a nítida intenção de matar, posto que as alvejou em área vital”, afirmou na sentença o juiz Roberto Brandão, titular da 31ª Vara Criminal do Rio.

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PS do DCM: O caso aconteceu pouco depois das 11h do dia 27 de abril de 2018 em frente ao restaurante Varandas, no Quebra-Mar da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, informa o UOL.