China anuncia nova rota de investimentos de 251 bilhões e Brasil fica de fora


O presidente chinês, Xi Jinping, disse neste sábado (27) que US $ 64 bilhões em acordos foram assinados na cúpula de sua Iniciativa Cinturão e Rota que mais nações se unirão ao programa de infraestrutura global.

Xi e 37 líderes mundiais encerraram a cúpula do projeto, também conhecido como Nova Rota da Seda, em Pequim.

"Estamos comprometidos em apoiar o desenvolvimento aberto, limpo e verde e rejeitar o protecionismo", disse Xi à imprensa.

O projeto é sua vitrine na política externa e visa reinventar a antiga Rota da Seda para conectar a Ásia à Europa e à África através de investimentos maciços em projetos marítimos, rodoviários e ferroviários - com centenas de bilhões de dólares em financiamento de bancos chineses.

Um documento divulgado após a reunião mostrou que Guiné Equatorial, Libéria, Luxemburgo, Jamaica, Peru, Itália, Barbados, Chipre e Iêmen foram os últimos países a aderir ao clube.

Xi disse que empresas conduzirão todos os projetos da Nova Rota da Seda e que os princípios de mercado se aplicarão, com os governos fornecendo um papel de apoio.

"Isso tornará os projetos mais sustentáveis ??e criará um ambiente justo e não discriminatório para os investidores estrangeiros", pontuou Xi.

O líder chinês afirmou que os líderes empresariais reunidos em um evento paralelo assinaram cerca de US$ 64 bilhões em negócios durante o fórum, sem fornecer detalhes.

No pitoresco Lago Yanqi, nos arredores de Pequim, líderes da Europa, África, Ásia e América Latina se reuniram para emitir um comunicado conjunto.

O encontro incluiu o presidente russo, Vladimir Putin, o primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte, cuja nação se tornou o primeiro membro do G7 a se unir à Nova Rota da Seda, e o paquistanês Imran Khan. Também compareceram o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, e a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) Christine Lagarde.

Já o Brasil, de Bolsonaro, ficou de fora da nova rota da seda dos chineses. O Brasil já amarga cortes de empregos devido ao boicote de frango brasileiro que os países árabes promovem desde a visita de Bolsonaro a Israel.

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